terça-feira, 16 de outubro de 2007

A Crise do Cinema

Confirmado hoje pelo jornal Diário Popular, o prédio do Cine Capitólio vai tornar-se estacionamento, para descontentamento de muita gente (eu também lamento tal fato ). Segundo o empresário Rogério Isquierdo, que aluga as salas do Cine Art para a rede Arco-Íris, o Capitólio fechou simplesmente pela baixa procura. É interessante a aboragem puramente mercadológica, fria mesmo de um comerciário, mas não se pode culpá-lo totalmente (embora sua declaração ao DP tenha sido de uma grande e desnecessária grosseria!). O questão é que estes grandes cinemas acabaram se consolidando como patrimônio cultural dado o tempo de existência que possuiam, mas "são só negócios".
Me admira que não hajam fundos pra preservação de tais patrimônios, mas desconheço as particularidades destes mecanismos.
Mas o fechamento do capitólio é reflexo de uma outra questão, a meu ver, e não é a já batida questão da pirataria, e sim o que eu acredito ser a crise do cinema norte-americano.
É de percepção geral que a maior parte dos filmes que entram em cartaz são de fato produções estadunidenses. Isso é fato. Mesmo que não se limite a tais produções, pelo menos (só em Pelotas posso falar) são os blockbuster que são mais veiculados.
Contudo, tenho observado que de uns tempos pra cá (não sei exatamente desde quando), as produções cinematográficas ianques tem decaído e muito! Aquelas super-produções que levavam famílias inteiras empolgadas ao cinema tem, e muito, escasseado. Acho que, desse porte, só Harry Potter foi o que trouxe grande número de pessoas ao cinema, e mesmo assim não é nem um enredo original (e nem sei se foi tão grande número assim)! Produções originais que realmente supreendem em originalidade e qualidade, vindo do estilo que movimenta tal mercado se mostra algo bastante raro. Eu penso que se trata mesmo de falta de originalidade mesmo. Não creio que só a pirataria Não basta pra retirar pessoas do cinema (no meu caso, baixei o filme Transformers dois dias depois da estréia e ainda assim queria assistir no cinema).
Mas nem tudo está perdido (oh!)! Se falarmos em produções americanas, o que tem ganhado grande destaque são os seriados. Muita coisa é produzida em matéria de séries (Lost e Heroes estão aí pra provar esse fenômeno). Eu imagino que essa crise do cinema seja também uma transformação dessa forma de arte. Se serve de conselho, se puderem, dêem uma boa olhada no que é produzido lá fora em seriados. O volume é realmente grande.
Enfim, concluindo e resumindo, não acredito que o cinema como expressão artística vá acabar; apenas passa por um período de crise e espero que este se recupere. E vai. Tenho fé. Oremos.
Amém, miguxos! =p

Um comentário:

Anônimo disse...

Repito meu comentario no msn.
acredito na crise e falta de cultura dessa cidade...
não são grandes prodições que me levam ao cinema e sim bom filmes, fogos, efeitos agradam muito mais quem pensa em cinema apenas como diversão.