sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Falando em mudanças...

O fluir das coisas sempre é desconcertante à mim. Porque elas simplesmente não podem ser sempre o que são? Verdade seja dita: o novo me assusta; a mudança me intimida. É certo que esses sentimentos se refletem por causa de minha carga histórica. Todas as mudanças bruscas ou radicais se mostraram muito mais como experiências infelizes do que felizes. Não consigo me recordar de nenhuma mudança que tenha trazido contribuições positivas. Se houveram mudanças positivas, eu realmente ignoro elas. Por certo, só as mudanças que provoquei expontaneamente foram positivas. Aquelas trazidas pelo destino, pss...

O imóvel trás segurança. O imóvel trás equilíbrio. Contudo, as coisas não são assim. No conforto do castelo de nossa “imobilidade”, não temos noção da força da tempestade que se forma lá fora. Resta saber então se estaremos prontos pra lidar com tais mudanças quando elas se apresentarem, afinal de contas, quer queiramos ou não, elas vão se apresentar, cedo ou tarde.

Espero estar preparado pra qualquer mudança ou desafio que se mostrar à minha frente. Mas uma coisa eu sei. Meus sentimentos sempre são pessimistas quanto a isso.

Mas nem toda mudança é ruim. Nem toda mudança é ruim. Só o medo do resultado negativo ou processo traumático que possa acontecer é que (me) assusta.

-Nem toda mudança é ruim.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Mudanças...

Em um período de 24 horas, duas percepções diferentes, mas que uma está em contato com a outra.
Percepção 1: posso estar aprendendo como funciona de verdade a minha mecânica cognitiva;
Percepção 2: odeio que me tratem como idiota!

Acerca da percepção 1, eu penso estar diante de uma importante conquista pra mim. Do inicio. Sempre tive uma certa dificuldade em aprender coisas, cotidianas. Boa parte das pessoas conseguem incorporar dados experimentais com grande rapidez e lidar com isso. Eu não. Por quê? Minha inteligência, creio eu (foi um dos pontos da percepção 1) funciona de forma "lógico/conceitual". Posso dizer dessa forma visto que, extraio meus dados de juízos, axiomas, conceitos que sejam inteligíveis, que possam ser decodificados pelo mu entendimento (deve ser por isso que tenho grande tendência ao trabalho teórico). Já passei muita vergonha ao me atrapalhar com coisas muito simples. É foda.
Sei que consegui isso, ao me acordar, horas antes da percepção 1, ao refletir sobre motivação. O porquê de eu não possuir motivação, de não ter aprendido o que é. Enfim, para entender e despertar essa característica, precisei refletir amplamente sobre o que é esse objeto do conhecimento. Lá pelo horário do meio-dia (eu creio ter tido êxito na minha reflexão), refletindo sobre o fato, meu pensamento incidiu sobre meu entendimento e sobre a minha dificuldade de aprendizado pela experiência. Matei a charada! Enfim, é assim que funciono!
Agora estou me adaptando à percepção 1. Minha experiência cognitiva certamente vai demandar mais esforço no início, mas minha adaptação está indo bem. Oba estou ativando minha cognição! \o/
Quanto à percepção 2, isso se trata de uma carga histórica, relativa ao meu não-entendimento dos meus dispositivos cognitivos. Afinal, como disse antes, já passei vergonha e um bocado de humilhações por causa disso. Dessa forma, porquê não eu me tornar "um pouco mais intolerante"?
Tomar no cu, idiotas!

Grande abraço aos queridoas amigos que lêem (um ou dois) este blog e a todos os que não lêem também!
=D

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Escrevendo I

Será que essa coisa de escrever dá certo? Acho que fiquei meio pilhado por causa do seriado Californication (acho que prefiro chamá-lo "cali-fornication"). O protagonista é um escritor em crise criativa que, segundo a ex-esposa dele (e ele mesmo o diz), "se afoga num mar de xoxotas" (!). Mas não se enganem com a premissa sexual: a série (pelo menos até o terceiro episódio) me parece legal. E com situações Over bizarras! Mesmo! Rachei o bico rindo. Só o chato ter que assistir na tela do PC. Mas tô assisitndo! =P Como eu mencionei no post anterior, as ´series americanas estão se tornando cada vez melhores. Pelo menos essa é minha opinião.
"Mas pilhado em quê? Se afogar num mar de xoxotas?" Não, não. Em escrever mesmo! Hehehe! O protagonista é um escritor famoso que passa por uma crise criativa e se encontra extremamente desgostado com a situação atual de sua vida: sua grande obra-prima transformada num filem romântico chamado "Crazy little called love" (argh!). Sim, é horrível, eu sei (pelo menos a música é boa). Eu também ficaria puto com isso (muito boa a briga dele e do diretor do filme! Hahaha!). A mulher que ele ama vai se casar com um cara que ele despreza (sendo que ele aceitou trabalhar pro cara sem saber que era o dono da resista pra onde se propôs a escrever um blog!)...
Estou lendo Bukowski e estou adorando! =P
Yô, manos e minas!

terça-feira, 16 de outubro de 2007

A Crise do Cinema

Confirmado hoje pelo jornal Diário Popular, o prédio do Cine Capitólio vai tornar-se estacionamento, para descontentamento de muita gente (eu também lamento tal fato ). Segundo o empresário Rogério Isquierdo, que aluga as salas do Cine Art para a rede Arco-Íris, o Capitólio fechou simplesmente pela baixa procura. É interessante a aboragem puramente mercadológica, fria mesmo de um comerciário, mas não se pode culpá-lo totalmente (embora sua declaração ao DP tenha sido de uma grande e desnecessária grosseria!). O questão é que estes grandes cinemas acabaram se consolidando como patrimônio cultural dado o tempo de existência que possuiam, mas "são só negócios".
Me admira que não hajam fundos pra preservação de tais patrimônios, mas desconheço as particularidades destes mecanismos.
Mas o fechamento do capitólio é reflexo de uma outra questão, a meu ver, e não é a já batida questão da pirataria, e sim o que eu acredito ser a crise do cinema norte-americano.
É de percepção geral que a maior parte dos filmes que entram em cartaz são de fato produções estadunidenses. Isso é fato. Mesmo que não se limite a tais produções, pelo menos (só em Pelotas posso falar) são os blockbuster que são mais veiculados.
Contudo, tenho observado que de uns tempos pra cá (não sei exatamente desde quando), as produções cinematográficas ianques tem decaído e muito! Aquelas super-produções que levavam famílias inteiras empolgadas ao cinema tem, e muito, escasseado. Acho que, desse porte, só Harry Potter foi o que trouxe grande número de pessoas ao cinema, e mesmo assim não é nem um enredo original (e nem sei se foi tão grande número assim)! Produções originais que realmente supreendem em originalidade e qualidade, vindo do estilo que movimenta tal mercado se mostra algo bastante raro. Eu penso que se trata mesmo de falta de originalidade mesmo. Não creio que só a pirataria Não basta pra retirar pessoas do cinema (no meu caso, baixei o filme Transformers dois dias depois da estréia e ainda assim queria assistir no cinema).
Mas nem tudo está perdido (oh!)! Se falarmos em produções americanas, o que tem ganhado grande destaque são os seriados. Muita coisa é produzida em matéria de séries (Lost e Heroes estão aí pra provar esse fenômeno). Eu imagino que essa crise do cinema seja também uma transformação dessa forma de arte. Se serve de conselho, se puderem, dêem uma boa olhada no que é produzido lá fora em seriados. O volume é realmente grande.
Enfim, concluindo e resumindo, não acredito que o cinema como expressão artística vá acabar; apenas passa por um período de crise e espero que este se recupere. E vai. Tenho fé. Oremos.
Amém, miguxos! =p

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Aprendendo a aprender

"Durante toda a minha vida irei aprender. Sempre terei experiências que irão permitir com que eu adquira ou favoreça a aquisição de algum conhecimento. Contudo, não conheço nenhuma forma ou método eficaz para aprender. Ninguém me ensinou como fazer isso. Resta então, através de um muito grande esforço buscar entender como funcionam meus dispositivos cognitivos para que eu possa melhor entender, conhecer e também elaborar outros conhecimentos."
Essas são as novas dúvidas e desafios que tem se ensaiado em minha mente. "Qual a melhor forma pra eu aprender e entender as coisas ao meu redor?"; "se não entendo dessa forma, que outra alternativa eu posso utilizar pra entender tal coisa?"; "como entender um novo objeto de conhecimento?". Essas são questões que considero importantíssimas e que aparentemente podem estar na base de todo o conhecimento humano ou menos na base do desenvolvimento da capacidade de entendimento, formulação e articulação de novos conhecimentos.
Não me recordo, no meu tempo de ensino fundamental (ainda estou no tempo do 1° grau), dentro dos projetos pedagógicos estar incluido esse "problema" ou "disciplina". Tudo o que se faz é "embutir" nos pobres alunos (meu período escolar foi no mínimo horrível, pra não dizer traumático) um corpo rudimentar de conhecimentos diferentes entre si, e que alguns se articulam entre eles, mas sem nenhum entendimento, causa ou finalidade pros educandos (pra quê estou fazendo essa coisa chata?). Simplesmente eles precisam aprender dessa forma e nenhuma outra, sem desenvolvimento da criatividade, capacidade de articulação inter e multi-disciplinar, et cétera...
Assim como a maioria de nós, também sofri essa "martírio". Aprendi diversas coisas, verdade, mas por um processo penoso de repetição de uma experiência que eu sequer podia entender pra quê servia. Particularmente falando, sempre tive o desejo de conhecer. Não sei como se formou esse impulso, mas aparentemente sempre esteve comigo, mas desde meu nascimento? Isso não sei, mas ainda carrego esse sentimento até hoje.
Mas tem como ser diferente do processo educacional utilizado hoje? Se tiver, qual a alternativa? Isso eu não sei, mas esse problema do desenvolvimento da capacidade de entender é de suma importância pois, acredito eu, poderia até mesmo ser capaz de maximizar o potencial cognitivo, pois em tese dilataria nossa consciência (com ciência, estar ciente, saber) ante a questão do aprender, entender, conhecer.
Saudações, miguxos!

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Minha pseudo-porém-possível fobia social

Segunda postagem essa. Vai servir como divisão de experiência, explicação e ainda pedido de desculpas... É importante pra mim esse ato.
Numa conversa insólita com um amigo, surgiu a possibilidade de eu ser sócio fóbico. "Quem? Eu?", pensei. Fui dar uma catada no google (Deus abençoe o google) e achei algumas informações sobre o tema. Para minha surpresa, encontrei muitos sintomas e tais sintomas me demonstraram diversos comportamentos atípicos, do tipo que se mostram sem causas aparentes -"essa é a causa!"-, pensei.
Tal circunstância coincidiu com minhas reflexões acerta de meu comportamento. Pois a fobia social se mostra como uma espécie de timidez agravada (pelo menos é o que eu entendi), e tenho, como disse antes, me enquadrado nesse perfil.
Conversando sobre com um outro amigo, estudante de psico, segundo ele, achava difícil que eu fosse sócio fóbico. Podia ser mais questões de ansiedade. "Pode ser mesmo", pensei. Contudo, tais apontamentos me demostraram um problema, não sei se psicológico agora (hehehe!), mas evidenciou essas sensações que em nada são agradáveis e que provavelmente me atrasou por muitos anos. Agora percebo claramente o que preciso fazer e estou fazendo. E não é que por enquanto tá dando certo? Certas situações, tolas pra alguns, estavam, até o momento, se mostrando como um perturbador desafio e constrangimento pra mim... Um pesado pesar esse.
Enfim, é o esforço de mudança quando se sente que algo não está bom; quando "o vento muda e trás outras lições", e que só servem pra contínua construção daquilo que desconheço e está mais presente que qualquer coisa que existe pra mim: aquilo que sou.

-Aproveitando o ensejo, por causa dessa "pseudo-porém-possível fobia social", sei que em algum momento causei algum dano ou mágoas a pessoas que gostam de mim e que também gosto igualmente. Não vou entrar em detalhes, não é isso que desejo, mas sim para fazer, seja a quem for, meu mais sincero pedido de desculpas...

Beijos e abraços a todos!

-Meu próximo post: reflexões sobre o aprendizado do aprendizado.

domingo, 16 de setembro de 2007

Primeira postagem...

Bem, primeira postagem.

Descarrego literário vai ser minha "sessão descarrego". É aqui que vou deixar algumas das minhas experiência, impressões, intuições, sensações, "ões"...

É pra isso que vai servir. Eu tinha por mim em fazer um blog de filosofia, mas já vi que não vai dar. Sou lúdico demais pra isso! Dessa forma, então não vai servir apenas pra filosofia, mas vai ser mais um filosofiar não-acadêmico (certo que vai bombar citações e referências de clássicos em alguns momentos, mas tá ótimo).
Dessa forma eu "abro os trabalhos" nesse blog, que espero que seja "construtivo.

Saudações a todos!